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14 Jun 2021

Autárquicas: Poder socialista soma 27 anos na Câmara de Viana do Castelo mas conta já com cinco adversários

Pedro Xavier

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A liderar a Câmara de Viana do Castelo há 27 anos consecutivos, o PS coloca o peso da sucessão nas mãos de Luís Nobre, que, para já, tem pela frente cinco candidaturas concorrentes. Além do atual vereador do Planeamento e Gestão Urbanística, Reabilitação Urbana, Desenvolvimento Económico, Mobilidade, Coesão Territorial e Turismo, o socialista Luís Nobre, concorrem às autárquicas o social-democrata Eduardo Teixeira, em coligação com o CDS-PP; Cláudia Marinho, pela CDU; Maurício Antunes da Silva, pela Iniciativa Liberal; Rui Martins, pelo Nós, Cidadãos!; e Jorge Teixeira, pelo BE.

Os sete mandatos autárquicos consecutivos de maioria socialista, iniciados em 1994, foram antecedidos por cinco mandatos do PSD, entre 1976, ano das primeiras autárquicas em Portugal, e 1993.

A governação do social-democrata Carlos Branco Morais, que ficou marcada pela tentativa de retirar o Castelo ao nome da cidade, foi interrompida nas autárquicas de dezembro de 1993, por um médico independente. Defensor Moura conquistou a autarquia e, em janeiro de 1994, quando assumiu funções na presidência do município, filiou-se no PS.

O atual presidente, José Maria Costa, entrou para a Câmara como adjunto de Moura, em 1994. Foi vereador até 2009, quando se estreou como cabeça de lista do PS à Câmara de Viana do Castelo, já que Defensor Moura atingira o limite de mandatos autárquicos.

Este ano, o cenário repete-se e José Maria Costa quer passar o testemunho ao vereador Luís Nobre. O arquiteto entra na corrida para garantir a eleição de sétimo vereador para o PS, prometendo dar “continuidade ao trabalho de sucesso realizado pela equipa” que integrou nos últimos anos.

O social-democrata Eduardo Teixeira, em coligação com o CDS-PP, volta a candidatar-se, oito anos depois de ter tentado ganhar a autarquia aos socialistas. O economista, líder da concelhia do PSD e deputado eleito pelo distrito de Viana do Castelo, acredita que vai “vencer”.

Cláudia Marinho é repetente como cabeça de lista da CDU à Câmara de Viana do Castelo, na qual ocupa, há oito anos, o único lugar no executivo que o partido conquistou em 2013. Também concorre para “ganhar”, mas admite que se esse cenário não se concretizar o objetivo da CDU “é duplicar a presença na autarquia”.

A Iniciativa Liberal candidata Maurício Antunes da Silva. O coordenador geral e membro fundador do Núcleo Territorial de Viana do Castelo e membro do Conselho Nacional da IL estreia-se na política e está confiante em que o “desgosto” do eleitorado no centro-direita permitirá a eleição de um vereador.

O Nós, Cidadãos! apresenta o arquiteto Rui Martins, que estava afastado da vida política ativa há mais de duas décadas. Em 1994, integrou, como vereador do Planeamento, Gestão Urbanística e Ambiente, a equipa de Defensor Moura. Antes, entre 1989 e 1993, o arquiteto fez parte, como vereador independente, do mandato da maioria social-democrata presidida por Carlos Branco Morais.

O BE volta a apostar no arquiteto e professor do ensino superior Jorge Teixeira para eleger o primeiro vereador no executivo em 22 anos de existência do partido.

A ameaça da prospeção minerais na serra D’Arga é outro dos temas que prometem marcar o debate, por abranger uma área de 10 mil hectares nos concelhos de Caminha, Vila Nova de Cerveira, Viana do Castelo e Ponte de Lima, dos quais 4.280 hectares se encontram classificados como Sítio de Importância Comunitária.

O concelho de Viana do Castelo, com 319 quilómetros quadrados, tinha em 2019, de acordo com o portal Pordata, 84.527 habitantes, 22,9% dos quais com 65 ou mais anos.

Segundo a plataforma EyeData, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem era em 2018 de 1.070,70 euros (contra 1.168,42 a nível nacional) e o número de médicos por mil habitantes era em 2019 de 5,84, acima dos 5,39 de Portugal.

Nas autárquicas de 2017, o PS conquistou 53,68% dos votos e garantiu seis mandatos. O PSD atingiu os 21,25% e dois mandatos, e a CDU alcançou 8,11%, ficando com um eleito.

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