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21 Mai 2021

Empresa de Viana do Castelo constrói por 10ME 46 barcos semirrígidos para Marrocos

Pedro Xavier

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A empresa a Navallethes, com estaleiro na zona empresarial da Praia Norte em Viana do Castelo, concluiu mais duas de 46 embarcações semirrígidas que seguem, na segunda-feira, para Marrocos num contrato de 10 milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita do ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, o administrador da empresa de construção naval, Francisco Portela Rosa, adiantou que as primeiras duas embarcações foram entregues em 2020.

“O contrato de 10 milhões de euros inclui a construção de vários tipos de embarcações, com características especificas, como estas duas que são blindadas. Vão operar no controlo costeiro, sobretudo por causa do tráfico de estupefacientes e da emigração clandestina, mas também para apoiar os portos marítimos e águas interiores”, especificou.

Segundo aquele responsável, “trata-se de um mercado que se está a abrir”, sendo que a empresa de Viana do Castelo tem vendido para países como o Brasil, Angola, Moçambique, Espanha e França.

“Também construímos duas embarcações para a Marinha portuguesa que estão a operar na Grécia, na recolha de náufragos entre a ilha e a Turquia. É um mercado que está promissor neste momento”, disse.

Segundo Francisco Portela Rosa, a Navallethes “tem uma carteira de encomendas assegurada para os próximos cinco anos”.

“Para exportação, a faturação anual oscila entre os cinco e os sete milhões de euros. Este ano talvez atinjamos os 10 milhões de euros, mas sempre. Temos perto de 50 trabalhadores e subcontratamos muitos funcionários e empresas de outros locais”, referiu.

A empresa hoje visitada pelo ministro do Mar e pelo presidente da Câmara de Viana do Castelo foi criada inicialmente para produzir barcos, sobretudo para a pesca, em madeira.

“Depois demos o salto para a fibra, iniciando a construção de semirrígidos e rígidos para a pesca. Nos últimos anos o mercado marítimo-turístico fez com que crescemos. A procura destas embarcações está a impor-se em todas as praias no país e no estrangeiro”, descreveu.

Em Portugal, referiu, a empresa tem vendido “algumas” para Peniche, no distrito de Leiria.

“Temos pronto ferryboat com capacidade para transportar 46 pessoas e que irá operar entre Peniche e as Berlengas”, disse, referindo que “as encomendas de embarcações de recreio vão aparecendo, mas não com tanta frequência”.

O ministro do Mar apontou a empresa como um exemplo “forte” do que deve ser a aposta na economia do mar e “no aproveitamento do seu grande potencial”.

Ricardo Serrão Santos afirmou ainda que a Agenda “Viana do Castelo-Retoma através do Mar”, que hoje lhe foi apresentada pelo presidente da Câmara de Viana do Castelo, “está cimentada e tem um futuro promissor pela frente”.

Em abril, na apresentação pública do documento, o socialista José Maria Costa “estimou um investimento público e privado de 500 milhões de euros e a criação de mil postos de trabalho na próxima década com a agenda da economia do mar”.

O autarca adiantou tratar-se de uma “previsão conservadora”, tanto do montante de investimento como da criação de emprego, “mas realista”.

Fotos: Rádio Geice /DR

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