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07 Mar 2021

Portugal e Galiza estudam investimentos em acessos para aumentar competitividade

Pedro Xavier

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A ministra da Coesão Territorial destacou, em Melgaço, a "dinâmica de cooperação" entre o Norte de Portugal e a Galiza no planeamento de investimentos em acessibilidades como forma de "aumentar a competitividade" da eurorregião.

“Aqui as estradas, as infraestruturas, as pontes são para viabilizar ainda mais a dinâmica que existe nestes territórios. São para aumentar a competitividade”, afirmou Ana Abrunhosa.

A governante reuniu-se com os presidentes das Câmaras de Melgaço (PS), Manoel Batista e de Monção (PSD), António Barbosa, e a Conselheira de Infraestruturas e Mobilidade da Junta da Galiza, Ethel Vazquez.

“Queria aqui saudar, sobretudo, a visão estratégica deste território e dos seus autarcas. Em alguns territórios pedem-se estradas e infraestruturas à espera que essas estradas tragam o desenvolvimento. Aqui não. Aqui as estradas e infraestruturas são para acompanhar e estimular o desenvolvimento que os territórios já têm e para dar melhor qualidade de vida à população”, disse.

Ana Abrunhosa considerou tratarem-se de “investimentos absolutamente vitais para a competitividade deste território”.

“Temos sempre que olhar para estes investimentos com uma perspetiva transfronteiriça. A região do Alto Minho nunca se desliga da Galiza quando pensa o seu desenvolvimento”, reforçou.

Na reunião, que decorreu na Câmara de Melgaço, participaram também o secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado e a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira.

“Estivemos a ver investimentos transfronteiriços, nomeadamente, algumas pontes que os autarcas desejam que sejam feitas ou melhoradas. Além das ligações transfronteiriças, foi muito importante a presença da Conselheira de Infraestruturas da Junta da Galiza, estivemos a ver investimentos rodoviários que o território necessita para se tornar mais competitivo”, referiu Ana Abrunhosa.

A governante disse que “alguns” dos investimentos hoje analisados “já têm alguma maturidade, outros foram novidade, mas refletem a dinâmica do território”.

Segundo Ana Abrunhosa, “os projetos que estão amadurecidos” referem-se “à requalificação da algumas vias rodoviárias e de uma ponte”, adiantando ser “uma questão de tempo até se fazerem essas obras que são da responsabilidade do Ministério da Infraestruturas e Habitação”.

“Há outras ambições como a variante a Valença, a Monção, a estrada nacional 101, a 201 , a 203. São projetos muito importantes. Também no Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG). Têm de existir preocupações ambientais por ser um território riquíssimo, que é uma pérola, que tem de ter uma estratégia integrada de desenvolvimento onde as vias de comunicação são também importantes”, destacou.

Questionada sobre prazos e montantes a investir nesses projetos, escusou-se a adiantar pormenores.

“Há prazos para reuniões de trabalho, mas não para anunciar montantes. O que acordamos aqui, mais do que estar a anunciar investimentos que depois demoram a fazer-se, é trabalharmos com os nossos autarcas”, disse.

Ana Abrunhosa realçou “a forma inteligente” como os autarcas “trabalham o território, incluindo nessa estratégia a Galiza”.

“A cooperação é algo que está nos genes dos nossos autarcas, das nossas empresas, das nossas universidades e tem de continuar assim. Está a resultar, porque verificamos neste território uma dinâmica extraordinária que justifica estes investimentos que nos foram apresentados, alguns já conhecíamos e, por isso, o Ministério das Infraestruturas e Habitação tem estado a trabalhar neles. Outros desconhecíamos, mas também lhes reconhecemos valor e importância para o desenvolvimento”, referiu.

Questionada sobre as críticas do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Rio Minho à atribuição de verbas do programa de cooperação Interreg V-A Espanha-Portugal (POCTEP) 2021-2027 a zonas que não são de fronteiras a governante tratar-se de uma “ideia bondosa não circunscrever” aqueles fundos “a entidades da fronteira, permitindo que outras entidades cujo conhecimento e cuja atividade possa contribuir para o desenvolvimento dos territórios de fronteira”.

“Desde que essas atividades sejam desenvolvidas em prol da fronteira. Penso que esse é um principio que devemos manter. Se temos um programa especial para a fronteira é porque a fronteira tem fragilidades. Não tem instituições de ensino superior, não tem empresas , associações empresariais”, observou.

“Envolver estas atividades que não estão localizadas na fronteira, que estão noutros territórios, desde que esse envolvimento e esse apoio seja para desenvolver os territórios de fronteira parece-me que é uma solução que devemos manter mas com a condição de que essas atividades, esses projetos são para os territórios de fronteira, frisou.

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