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05 Mai 2010

Minho: Empresas cortam empregos depois das portagens

Pedro Xavier

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Os custos que as portagens nas vias actualmente Sem Custos para o Utilizador (SCUT) vão reflectir sobre os empresários do Minho já começam a ser […]

Os custos que as portagens nas vias actualmente Sem Custos para o Utilizador (SCUT) vão reflectir sobre os empresários do Minho já começam a ser calculados e só uma grande empresa de distribuição, actualmente com base logística em Viana do Castelo, estima que a medida do Governo, para implementar a partir de 01 de Julho, signifique um acréscimo anual de 50 mil euros. “Ainda me lembro que quando a A28, até ao Porto, abriu todos comentávamos que havia mais gente em Viana. Agora, com esta medida, acho que vamos destruir um pouco todas as vantagens que esta auto-estrada nos trouxe”, começou por apontar Johan Stevens, o belga que fundou e administra a Sanitop.

 
A partir de Viana do Castelo conta com 15.000 referências em stock na área da material sanitário e climatização, de onde diariamente partem seis camiões para clientes e os 12 pontos de venda que o grupo tem espalhados por todo o País. Ainda há a somar os 30 comerciais que o grupo tem todos os dias “na estrada”, em todo o norte do País, exactamente território afectado pela medida do governo de introduzir portagens nas três Scut. “Só na A28 estamos a falar de uma despesa anual a rondar os 30 mil euros. A contar com as três auto-estradas, pode chegar aos 50 mil euros, o que corresponde a alguns postos de trabalho”, admite Stevens. Criada em 1993, a Sanitop factura 24 milhões de euros e emprega actualmente 140 trabalhadores, num plano de crescimento que prevê 200 trabalhadores até 2012, mas que agora poderá estar comprometido, face ao aumento da despesa anual. Mas há mais casos, como o de um dos maiores entrepostos de carne do norte do País, instalado em Ponte de Lima e que ameaça cortar drasticamente nos postos de trabalho da unidade para compensar o “forte aumento” dos encargos na distribuição. “As portagens vão trazer muitos custos para a nossa empresa. Se avançarem vamos ter que fazer uma reestruturação, que obrigatoriamente passa por uma redução de postos de trabalho”, começou por explicar Vítor Silva, gerente da empresa Carsiva. Depois de vários milhões de euros investidos na instalação desta unidade em Fontão, Ponte de Lima. Tudo porque, admite o administrador, não vai ser possível fazer face a custos acrescidos na ordem dos 20 mil euros mensais, apenas na distribuição, através de 20 pesados que circulam diariamente. “A empresa está em plena fase de crescimento e se tudo corresse normalmente, os actuais 70 postos de trabalho deveriam aumentar, em breve, para 120. Desta forma, para nos aguentarmos com os custos das portagens, em vez de aumentarmos, vamos cortar nos postos de trabalho”, afirma ainda Vitor Silva.

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